Inebriações

terça-feira, 17 de abril de 2012

XV

Por meio da cândida pureza dermal da novidade

Conheci a liberdade.

O êxtase e a dor vieram a mim

Numa noite quente e filosófica.

E a vida, não mais filosofada,

Pareceu ganhar algum sentido,

Senão mais questões ao menos.

E independente do acarretamento vindado,

Não pensem que me encontro em tristeza,

Diria que em conflito, conflito é a palavra ideal,

E também é o estopim para o despertar

De uma alma confinada ao tédio.

Estarei agora na paz ou no inferno de meus dias?

Ficarei esperando meus pecados virem me atormentar à noite?

Não, não ficarei, pois mesmo parado eu peco,

Então para que o comodismo?

Libertei-me da vaidade do Amor,

E ele já não é constante em minha vida.

A abstinência é dura, mas me alivio com outras drogas.

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