Inebriações

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

XVI

Cheguei,
depois de uma longa queda, 
ao fundo do poço.
Aqui não há ninguém.
Ninguém ouve meus gritos.
A saudade me dói, mas o que mais
me corrói é o sentimento de arrependimento.
Sentimento esse que nunca havia sentido, sempre
abominei ele.
Agora, ele me atormenta e o sono já não me vem.
Ultrapassei o limite da minha própria razão,
e hoje sou um monstro. 
Sou indigno de respeito, de amor, e carinho.
Que vergonha...  

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